Cartaz Jornada do Trabalho 2023

1ª Circular da XXII Jornada do Trabalho: As Práxis no/do Mundo do Trabalho: espoliação da natureza, trabalho escravo contemporâneo e eco(etno)genocídios no Brasil

Estimados docentes, discentes, povos originários, camponeses, trabalhadores e trabalhadoras. É com imensa alegria que comunicamos a realização da XXII JORNADA DO TRABALHO, em formato híbrido (formato presencial e virtual) no período de 01 a 04 de novembro de 2023, com o título “AS PRÁXIS NO/DO MUNDO DO TRABALHO: espoliação da natureza, trabalho escravo contemporâneo e eco(etno)genocídios no Brasil”.

A tecitura do tema advém de discussões e reflexões coletivas no âmbito do Grupo de Pesquisa Trabalho, Território e Políticas Públicas (TRAPPU/UFG/CNPq), ancorado nas reflexões construídas pela Rede CEGeT de pesquisadores no Brasil. A partir do entendimento das múltiplas formas de ser social do trabalho contemporâneo e das contradições na sociedade capitalista que toma dimensão espacial a partir das relações capital x trabalho, chegou-se à síntese de que seria necessário abordar o PRIMEIRA processo de destruição/transformação dos territórios de vida em territórios de negócios e de espoliação.  

A degradação sistêmica da sociobiodiversidade dos territórios de vida (espoliação da natureza e do trabalho na sua dimensão ontológica), diante da desregulamentação das relações de trabalho, das diversas manifestações de trabalho escravo contemporâneo e da escravização digital do novo proletariado de serviços, subsumido à lógica dos algoritmos colocam diversas questões fundantes para os pesquisadores e, especificamente para a Geografia do Trabalho, bem como para a sociedade brasileira.

Assim, a XXII Jornada do Trabalho objetiva ser um espaço de encontros, mas também de denúncias fundamentadas em pesquisas sobre a morte sistemática dos Povos Originários, Comunidades Tradicionais, a precarização do trabalho, a subordinação de ecossistemas inteiros e biomas, como o Cerrado, a Amazônia, a Caatinga aos complexos agroindustriais-químicos-financeiros mundializados, diante da territorialização das corporações capitalistas Brasil a dentro. E, para tanto, propõe[1]se abordar como eixo transversal, a escuta dos sujeitos (Jornada dos Povos), a natureza da acumulação e o papel do Estado na alteração dos marcos regulatórios de proteção ao meio ambiente e dos sujeitos que compõe o universo da classe trabalhadora ampliada nos campos e nas cidades.

A XXII Jornada do Trabalho tem por finalidade prosseguir na consolidação de um espaço de produção do conhecimento geográfico sobre as pesquisas da RCP e seus desdobramentos espaciais no espaço brasileiro. Entre os dias 01 e 04 de novembro de 2023 será realizada em formato presencial e virtual, com o título “AS PRÁXIS NO/DO MUNDO DO TRABALHO: espoliação da natureza, trabalho escravo contemporâneo e eco(etno)genocídios no Brasil”.

O evento será promovido pelo LABOTER/IESA/UFG e Rede CEGeT de Pesquisadores (RCP), com a parceria do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA/UFG) e do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGeo/UFG). Há quase três décadas a Jornada do Trabalho (JT), Evento itinerante e anual, promovido e organizado pela RCP, busca construir espaços para socializar experiências relacionadas com as pesquisas sobre as práxis no/do mundo do trabalho, visando refletir sobre os desafios para as pesquisas em Geografia e áreas afins, bem como fortalecer a Rede de Pesquisa formada por trinta núcleos de pesquisa em 16 Estados e Distrito Federal (25 Universidades, 05 Institutos Federais de Educação, Ciência Tecnologia), os quais centram suas análises na compreensão da expansão da sociedade do capital e as transformações no mundo do trabalho, a partir da sua dimensão espacial, levando adiante as atividades de ensino, pesquisa, extensão e cultura, orientação (Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado, Pós-doutorado) e formação continuada. Desde o início, a RCP teve como uma das suas prioridades, a realização de eventos que possibilitassem o diálogo amplo e qualificado na perspectiva de consolidar uma reflexão crítica e aprofundada sobre o Trabalho, enquanto categoria analítica central e fundante da ordem societal, no âmbito da Geografia. A cada Edição a Jornada do Trabalho consolida Linhas de Pesquisa em Programas de Pós graduação, Eventos, Mesas Redondas, apresentação de trabalhos e outras atividades, influenciando, sobremaneira, a produção do conhecimento geográfico no Brasil e orientando ações políticas diversas na defesa dos territórios de vida.

Nos quatro dias de Encontro, temos a realização de Conferências, Grupos de Trabalho, Jornada dos Povos, Simpósio, Mesas Redondas, Trabalhos de Campo e intervenções artísticas e culturais. Integramos pesquisadoras(es) de áreas diversas (Geografia, Sociologia, Antropologia, Direito, Serviço Social, Pedagogia, Saúde, entre outros) em diversos estágios formativos, como Iniciação Científica, especialistas, mestras(es) e doutoras(es) com integrantes de movimentos sociais, pastorais, associações, sindicatos, organizações não-governamentais no intuito de encontrar eixos de discussão e ações possíveis que nos levem, ao mesmo tempo, às análises mais acuradas da realidade espacial e delinear estratégias conjuntas que permitam construir projetos em parceria com o fito de (des)velar as múltiplas práxis no/do Trabalho e os efeitos territoriais das corporações capitalistas nos territórios de vidaTodas essas atividades redundam em diversas publicações no Brasil e no exterior num expressivo diálogo, fortalecendo as interfaces com e na Geografia brasileira, visando a construção de uma sociedade democrática, justa e com sustentabilidade ética, política, ambiental, social, cultural, econômica, cultural.

 

Para maiores detalhes, acessem o conteúdo completo da I Circular!

 

 

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